
Às 14h, no horário de Brasília, Joe Biden toma posse como novo presidente dos EUA dando início a um governo que pretende se afastar cada vez mais do Brasil de Jair Bolsonaro (sem partido). A troca de comando no país deve mudar pouco ou nada nas relações com o Brasil, ainda profundamente isolado como resultado das políticas externas do chanceler brasileiro Ernesto Araújo.
Apesar de conservador, o democrata Joe Biden tem chance de fazer um governo mais progressista do que o de Barack Obama, do qual foi vice-presidente entre 2009 e 2017, escreve hoje o colunista Kennedy Alencar.
Obama começou a governar em 2009 com maiorias na Câmara e no Senado. Biden também larga contando com apoio da maior parte nas duas Casas do Congresso. Além disso, o presidente eleito possui condições políticas mais favoráveis do que o antigo chefe e conhece o caminho das pedras dos bastidores políticos de Washington.
Quando perdeu maioria no Congresso, Obama teve dificuldades para governar. A vitória de Trump em 2016 sobre Hillary Clinton refletiu uma reação da sociedade americana contra o primeiro presidente negro de sua história. Obama terminou a sua administração com o sentimento de que poderia ter avançado mais. Com Biden, a história poderá ser diferente. O moderado tem boa chance de ir além do progressista.
Será uma cerimônia atípica. Não haverá público por conta das medidas de restrição para a contenção da pandemia de covid-19 e por questões de segurança: após a recente invasão ao Capitólio, a capital federal foi sitiada.